Saturday, December 2, 2006

Melancolia Disrritimada

Os carros passam rápido, quase não os vejo
As luzes que piscam me causam medo
Em cada esquina uma oportunidade, mas não as desejo
A vida nos torna escravos e nos escapa dentre os dedos
Se há uma razão, eu a desconheço
Acorda linda menina! levanta do teu berço
Os dias parecem trens enfileirados correndo um após o outro, sempre tudo igual
Pobre homem, não podes fugir do seu reles destino mortal
O que fazer? o que querer? nada, tente apenas não temer
Passo a passo vão me tornando um amontoado de cacos
Os espinhos já me arranharam por completo
O que me resta? apenas um golpe na testa
Melancolia desritimada, estrutura outrora inabalada agora quase em seu fim
Sentimentos e pensamentos que vivem dentro de mim, insistem em tomar aquela estrada
Uma rua, um beco, tudo muito sombrio. Não posso ver com definição
A água em ebulição, o que tenho em minha mão?
Qual o desfecho desse enredo? logo assim, por que tão cedo?
Não se assuste, não é culpa sua
Apenas uma repetição de fatos. eles vem e vão na velocidade da luz
Ontem tentei pescar um deles, urg... foi difícil, mas ele sempre escapa
Tente você também.... só precisa olhar para o teto e segurar o dedo.

No comments: